16 de novembro de 2008

Metapelho


Os discursos estão presentes em todos os espaços da arte e são produzidos pelos diversos actores da sua instituição (artistas, comissários, críticos, instituições, museus académicos), apresentando diversas funcionalidades (desencriptação, contextualização, hermetismo, historicismo, informação). Aparecem também em vários médios: material impresso, literatura, conferência, discurso em directo, discurso indirecto, …

Tudo é passível de ser integrado num discurso (quer no pré ou no pós concepção/apresentação): a própria entidade "receptora" (público, instituição) espera um conjunto de pistas necessárias para o usufruto da obra; o artista quando apresenta sabe que existem já uma variedade de discursos que recebem a sua obra. Se a obra vive no mesmo tempo que os seus discursos correspondentes, ambos, na verdade, não partilham "materialmente" o mesmo espaço físico (exposições, acervos, conferências, imprensa, literatura, catálogos) Por outro lado o discurso e a obra têm também tempos diferentes de digestão/entendimento/compreensão.